Olá!
Quanto tempo hein. Falhei na missão do dia 1º por motivos de caos na minha vida. Os últimos 20 dias resolveram desabar na minha cabeça sem aviso. Minha cachorra ficou doente, piorou e morreu. No dia seguinte minha mãe passa mal e vai parar no hospital. Agora tá tudo bem (não tão bem, mas sigamos). Tô precisando da bonança por que a tempestade ainda tá forte.
São nessas horas de desesperinho que tento limpar minha mente do pessimismo que bate e se a gente deixar, derruba mesmo, que apelo sempre pra eles: os clipes dos anos 80. Passo um tempinho ali com todo o exagero que a década mais legal de todas pode proporcionar, em loop. Sério, me faz um bem danado.
Separei alguns que não me canso de ver. Vem comigo:
Categoria Visual
O exagero, volume e cor tomam conta. As camisas, calças baggy cintura alta, os cabelos. Estilo que chama né. Duas curiosidades sobre essa canção: o Supla gravou uma versão em português no álbum Menina Mulher - não tem no Spotify, mas tem na íntegra no YouTube - (eu consegui baixar no submundo da internet) e tem clipe! é com a Luciana Gimenez. A outra é que dava pra tocar a música no Guitar Hero (Rocks the 80's). Coisa linda.
A baladinha hit da época também esbanja estilo no clipe. O vocalista que canta olhando pra câmera, o backing vocal de falsete, o refrão: hold me now, oh warm my heart, stay with me, let loving start … ai ai edifica a vida da gente.
Categoria vocalista galã one hit wonder
O cantor deve agradecer eu único hit, a baladinha com um quê de sensual, clipe preto e branco e o inconfundível riff de guitarra que paga suas contas até hoje por que foi o estouro e ainda perdura. Existem vários cantores por aí, a pergunta é: tem hit que dura mais de 30 anos? Detalhe: a música também ganhou uma versão em português com Supla no álbum Menina Mulher.
Que belezinha Tony Hadley, o vocalista gatinho que canta sofrendinho olhando pra câmera (um must nos clipes dos anos 80). Huh huh huh hu-uh huh I know this much is true. E o sax safado pra enriquecer a canção. Amor demais.
Categoria gay e artista
Essa categoria é pra se esbaldar na pista de dança sem medo do amanhã. Os clipes têm uma pegada arte, conceito e aclamação. A dupla de reis do synth-pop dominam o cenário e colecionam hits. Impossível ouvir e não querer sair girando no salão.
Assim como o Pet Shop Boys, Erasure coleciona hits pra não ficar parado e abusa de referências pop nos clipes. A música é de 1991, mas ainda tinha o pé na década anterior. Muito drama e o carisma gigante do vocalista Andy Bell. Erasure arrasa.
Bom, eu poderia fazer isso o dia inteiro e só de colocar aqui já dá um up. Bom demais.
Série da vez
Saindo do cenário musical, vamos para o da televisão. Esses dias, procurando alguma série nova pra ver, me deparei com uma recomendação de uma trama sobre a máfia que se passa na Itália nos anos 80. É produção italiana, ou seja, eles mesmo reforçam o estereótipo que todo italiano fez, faz ou fará parte da máfia em algum momento da vida. Estou falando de Bang Bang Baby no Prime Video.
“Alice (Arianna Becheroni) é uma adolescente que se envolve no mundo do crime de Milão por amor ao pai. Para isso, Alice usará sua imaginação, influenciada pela música, televisão e cultura pop de sua época: os anos 80”.
Que grata surpresa, apesar da trama meio batida que a gente já viu mil vezes, aqui a produção sai do lugar comum com uma narrativa em que cada episódio faz um paralelo com algo. Um deles é com Pac Man, o famoso jogo de Atari. Só tenho elogios.
Outra peculiaridade da série, é um dos personagens ser fanático por George Michael. Aí você pensa, deve ser um adolescente, mas não, é um membro da máfia. É ouro puro, um tesourinho escondido no catálogo da Amazon. 10/10.
A volta da Cybershot
Já que estou toda trabalhada na nostalgia, aproveito para comentar sobre a volta das câmeras digitais, mais precisamente a famosa Cybershot da Sony. O revival dos anos 2000 tá forte.
A tendência começou quando influenciadoras como Kylie Jenner e Bella Hadid passaram a postar fotos superiluminadas ou tremidas, características fortes das imagens tiradas com as câmeras digitais estilo Cybershot.
Com celebridades usando a câmera, as buscas pelo item explodiram. Segundo os dados do Google Trends, o termo powershot (um modelo da marca Canon) ganhou força em meados de novembro de 2022 e atingiu o pico em janeiro deste ano.
Nas redes sociais, as fotos no estilo anos 2000 já viraram febre. A hashtag “digitalcamera” já acumula mais de 222 milhões de visualizações no TikTok, por exemplo.
(Tecmundo)
Eu tenho uma e é incrível como certas coisas ditam o comportamento. Era a sensação, tava sempre na bolsa. Na época (2009) eu tirava muito mais fotos do que agora com uma câmera muito mais moderna no meu smartphone.
Me despeço envolta nos tempos idos. Fique bem e até a próxima! Se quiser comentar, vem! Ou me escreva no katiadelavequia@gmail.com. Também estou no Twitter como katiadel.
🤓 perdeu as últimas edições diorâmicas?
#94: Não toque, é arte
#93: Quando o pesadelo acaba...
#92: 4 minutos: aqui jaz um hexa
📧 Dioramas Modernos é uma newsletter quinzenal que tenta organizar o caos de nossos tempos com pitadas de cultura pop, gifs, memes + muita paranoia e teoria. Um bate-papo sobre coisas da vida e as fixações de todos nós.