Eram os deuses ricos astronautas
o descolamento da realidade dos abastados, foguete de piroca e olimpíadas
Hello stranger!
O assunto das rodinhas de conversa (virtuais) esses dias foi a viagem ao espaço do bilionário Jeff Bezos, dono da Amazon. Me pergunte pra que. Por que ele pode.
Deve ter sido a mesma sensação de ir na torre do Hopi Hari. Vai subindo e de repente cai em queda livre. A internet, lógico, ficou em polvorosa e choveram críticas do tipo Kim, there's people that are dying. Pra piorar, Bezos disse "Agradeço a cada funcionário da Amazon, a cada cliente. Vocês pagaram por isto tudo aqui". Ai que delícia financiar bilionário.
Nessa eu fico pensando como deve ser a vida da pessoa que tem tanto dinheiro, mas tanto dinheiro a ponto de decidir gastar mais de 4 bilhões de dólares pra ir ali e voltar. Ir ali mesmo. A viagem durou 11 minutos (risos) e nem saiu da atmosfera.
Sei lá, poder comprar absolutamente tudo o que quiser sem se preocupar com o valor. Aí penso nas extravagâncias como por exemplo, o Pablo Escobar ter construído um zoológico na sua fazenda pra ter animais exóticos, aliás, há uma problemática dos hipopótamos dele aumentando e causando o caos na Colômbia (qualquer dia escrevo sobre), o Michael Jackson ter feito um parque de diversão particular ou a coleção de carros da Kylie Jenner.
Falando em Kardashian
Amo assistir Keeping Up With the Kardashians, reality com a família Kardashian/Jenner. E amo justamente por ser absurdo e totalmente fora da realidade para maioria dos seres humanos. É entretenimento garantido. Vários momentos icônicos como o dia, que numa viagem, a Kim perdeu no mar um brinco de diamante de 75 mil dólares, começa a chorar, então a Kourtney surge com o filho no colo, dizendo a frase Kim, there's people that are dying. Aprecie:
Só de ver esse vídeo, meu dia melhorou uns 150%. Eu amo essa família pois é o descolamento da realidade na sua forma pura e simples. O reality tá no Prime Video (8 temporadas) e Netflix (2 temporadas).
Existe gente rica e existe Gossip Girl
Causa indignação ver gente rica sem noção na vida real e também na ficção, pior ainda se forem adolescentes. Sim, é o caso de Gossip Girl, aquela série onde o cúmulo da futilidade alcança níveis nunca dantes imaginados. White people problem no auge.
Nada mais do que um bando de adolescentes causando no ensino médio. Podres de ricos, lindos, vivem em festas da high society e são extremamente superficiais. Amo odiar. É um deleite.
A série original é de 2007. Chegou a passar no SBT com a belíssima tradução “A Garota do Blog”. O nome é auto explicativo: uma pessoa anônima que começa a revelar o podres dessa galera em um blog e por mensagens SMS (era o que tinha naquele tempo).
GG teve seu final em 2012 (com a revelação de quem era a tal pessoa fofoqueira). Aí você imagina se fosse hoje em dia com o boom das redes sociais e cultura do cancelamento. Pois é, fizeram um reboot com outros personagens deliciosamente pensados para serem odiados.
Atualizaram mesmo. Há mais representatividade na nova versão. Os dilemas, embora os mesmos da primeira versão (alguém revelando os podres da galera, dessa vez numa conta anônima do Instagram) estão modernos. A diferença é que a pessoa fofoqueira já é mostrada no 1º episódio, mas não estraga em nada a experiência. Embora a trama pareça fútil, tem muita coisa nas entrelinhas, além de muitas referências nos diálogos (tanto sobre a série original quanto cultura pop).
Recomendo demais para total alienação em tempos escabrosos. Ambas estão na HBOMax.
Olimpíadas só se for as do Faustão
Todo mundo no clima dos esportes devido às Olimpíadas no Japão e já quero deixar registrado quando eu for presidente vou instituir as Olimpíadas só com provas iguais as que eram apresentadas no Faustão.
Pra terminar, links!
Uma pequena Jedi pra morrer de amor
Fascinada por vídeos do TikTok de pessoas cortando o próprio cabelo ao som de Olivia Rodrigo
Depois do foquete piroca, a lâmpada piroca
Ainda no tema, projeto adota minha rola
Bom, fico por aqui! Cuide-se e até a próxima. Se quiser comentar qualquer coisa, só vem 😘
Ou me escreva no katiadelavequia@gmail.com. Também estou no Twitter como @katiadel.
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