Olar!
Se tem uma coisa que existe em pencas é gente larápia, aqueles cuja função é te passar a perna, te enganar, te engrupir, te fazer de besta, o famoso m̵i̵c̵h̵e̵l̵ ̵t̵e̵m̵e̵r̵ golpista. É como diz o ditado:
"Todo dia sai de casa um malandro e um otário. Quando os dois se encontram, alguém faz negócio"
Êeeeeee Faraó
Pois muito que bem, resolvi falar deles após assistir uma série documental sobre uma empresa americana de marketing multinível que ganhou rios de dinheiro fazendo o esquema de pirâmide. Eu fiquei passadannn e era eita atrás de eita, a coisa vai que vai e no fim você fala PUTA QUE PARIU QUE GENTE DESGRAÇADA.
As Faces da Marca - LulaRich (2021, Prime Video)
A empresa LuLa Roe foi fundada em 2012 por Deanne Brady e seu marido Mark Stidham para vender roupas femininas e de repente virou um fenômeno, pois recrutava vendedoras que recrutavam mais vendedoras.
Até aí, ok, o que me causa espanto é o sucesso de roupas escabrosas de feias e pelo fato que pra conseguir ser uma representante da marca, você tinha que aguardar uma fila virtual e pagar nada mais nada menos que 25 mil reais com promessas de ganhos de mais de 7 mil por mês.
E quanto mais vendedoras você conseguia, ganhava bônus polpudos, o que no fim, a empresa não tinha tanto o objetivo de vender roupas, mas sim recrutar essas vendedoras… o estoque (que você não podia escolher, era aleatório) você se vire pra vender depois.
Algumas vendedoras conseguiam subir de nível (se tornavam mentoras) e realmente ganhavam bastante, mas o castelo, ou melhor a pirâmide começou a ruir. Enquanto isso, os donos nadavam em dinheiro.
“Mais de 80% das pessoas não têm ninguém abaixo delas. Têm muito a perder. No caso concreto da LuLaRoe, 0,01% de suas vendedoras, que estavam no cume da pirâmide, embolsaram em 2016 mais de 127.000 euros (785.000 reais) por mês em comissões, enquanto 70% não ganharam nada”
A história vai ficando escabrosa num grau inacreditável. A série então, tenta desmascarar a dinâmica de imoralidade e misoginia dessa empresa familiar que se tornou fenômeno social entre as donas de casa americanas e pasme, ainda estão em atividade.
Olhando de fora até parece confiável. Pois é, PARECE, mas não é. Fica a dica.
Tá cheio de empresa igual por aí se aproveitando da vulnerabilidade das pessoas em tempos de crise para prometer mundos e fundos. Tem um caso rolando aqui de um tal Faraó que passava a perna nos investidores prometendo altos ganhos em bitcoins. Como vocês podem ver o Egito nunca sai da moda.
Uma coisa é certa: não é fácil ganhar dinheiro. Se for, desconfie.
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Bom, é isso! Fique bem e até a próxima. Se quiser comentar qualquer coisa, vem.
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