Olar ;)
Certa feita o perfil do meu amado Tears for Fears postou um vídeo de um cara que “adivinhou” exatamente um lugar onde o clipe de Everybody Wants the Rule the World foi gravado usando apenas alguns frames do vídeo, deixando Curt Smith impressionado.
Acontece que a magia não era magia e sim uma tecnologia chamada GeoGuessr, um jogo no qual os participantes tentam identificar em que lugar no mundo uma imagem do Google Street View foi tirada.
O nível de conhecimento necessário para o jogo vai além da geografia. No exemplo, Trevor Rainbolt descobre a direção - leste ou oeste - por causa da sombra que o carro faz no chão. Outras infos como o tipo de placa do carro, tipo de poste, o prefixo no avião, a casa que aparece. Tudo, absolutamente tudo, pode dar a exata localização pra alguém que saiba procurar.
É fascinante e assustador ao mesmo tempo. Existe até uma Copa do Mundo transmitida ao vivo pelo YouTube com jogadores estrelas, comentaristas e tudo. Orlando é um jogador brasileiro que chegou às finais no ano passado.
Até aí tudo bem. É um jogo que descobre lugares públicos como ruas e estradas. Agora imagina isso sendo usado para perseguir pessoas e obter dados de forma ilegal? E adivinha se a IA não ia se intrometer?
Recentemente, foi revelada uma nova capacidade da inteligência artificial ChatGPT, desenvolvida pela OpenAI, que permite identificar com precisão o local onde fotografias foram tiradas, mesmo quando não possuem metadados de geolocalização. Essa descoberta apresenta implicações significativas para a privacidade online, abrindo um debate sobre os limites da tecnologia em relação à proteção de dados pessoais.
A ferramenta utiliza a análise de elementos visuais, como características arquitetônicas, vegetação, sinalização urbana e iluminação, para inferir a localização geográfica com notável precisão. Testes realizados mostraram que o ChatGPT pode identificar cidades, bairros e até pontos específicos apenas com imagens compartilhadas online, indo além da tradicional leitura de metadados, frequentemente ausentes após o envio de arquivos.
Éeeeee gata… e pensar que em tempos nem tão longínquos a gente usava o Foursquare e o Swarm lembra? As redes sociais com base em geo-localização permitiam enviar em tempo real o local em que a gente estivesse e compartilhar com os amigos (e estranhos caso clicassem no link compartilhado). Era legal até a perceber o perigo de qualquer pessoa poder saber onde você estava.
Hoje é super comum postar onde se está com a ferramenta de localização do Instagram. Muitos golpistas e stalkers não precisam invadir nada para obter informações sobre nós, já que nos acostumamos a expor tudo por livre e espontânea vontade. Ou seja, junta a fome com a vontade de comer.
A verdade é que ninguém pensa nisso. A privacidade virou um ativo raro. Todo mundo quer mostrar onde está, o que compra, o que faz o tempo todo. É bem louco. É como ver um abismo e mesmo assim ir caminhando até a beira pra olhar lá embaixo por que precisa tirar uma selfie.
Já dizia o ditado: nada que já não exista que a IA não possa estragar.
Vem na minha que é sucesso
Preciso compartilhar com você uma série delícia que já posso declarar uma das melhores do ano:
📺 Dying for Sex é daquelas surpresas maravilhosas que a vida prepara pra gente. Baseada em fatos e adaptada pra TV do podcast homônimo, acompanha Molly (Michelle Williams - nossa eterna Jen de Dawson's Creek), uma mulher de 40 e poucos anos que ao descobrir que seu câncer de mama voltou em estágio terminal, decide não morrer sem antes viver — com intensidade.
O sexo é apenas um fio condutor na história. Pra mim ficou claro que o tabu aqui é a morte. O assunto é tratado de uma forma que nunca tinha visto. Lindo, sensível. Você ri, se emociona e se encanta com a mesma intensidade. E claro, se apaixona pela melhor amiga de Molly, Nikki interpretada pela incrível Jenny Slate. Aliás, todas as pessoas em torno dela são incríveis. São 8 episódios de 30 minutinhos cada, é uma delícia acompanhar.
📲 Perfil que vale a pena acompanhar
Sabe quando alguma coisa na sua casa dá ruim? Tipo torneira pingando, vazamento na parede, fio com mal contato e você apenas deseja que o Pereirão bata na sua porta pra te ajudar? Então te apresento Mari Pavan e seu AgilizaLab cuja missão é ensinar técnicas de manutenção residencial às mulheres, usando uma linguagem simples e de forma prática, pra facilitar sua vida na hora de fazer ou de negociar com quem faz.
Sério, já me salvou algumas vezes. Os vídeos são super rapidinhos, fáceis de entender pra quem não tem a mínima habilidade. Como trocar a resistência do chuveiro, como escolher uma furadeira, como resolver chuveiro pingando é apenas alguns dos muitos conteúdos do canal do YouTube e Instagram (@agilizalab). Super útil.
Fico por aqui, um beijo e um queijo e até a próxima!
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não tem como ser saudável essa vida insistentemente online.