Oie ;)
Quem assina Dioramas Modernos há algum tempo sabe o meu apreço pela alienação. Aquele momento em que o mundo tá desabando e você tá entretido com algo sem importância e que não mudará sua vida em nada.
É a hora da magia, de estar em um mundo paralelo recheado de coisas que dali a um instante você nem vai se lembrar, e enquanto isso o pau tá torando lá fora.
Fascismo botando as manguinhas de fora? Onda de crescimento da extrema-direita? Trump eleito de novo? (os três primeiros são redundantes). Mudanças climáticas? Kiko dos Foguetes? Nino Sarratore? Desgraça pouca é bobagem.
Dia desses, rodando streamings e locadoras do povo procurando algo levinho pra assistir, pra alienar gostosinho e esquecer de tudo, resolvi rever algum filme com Andrew McCarthy, o rei dos filminhos água com açúcar da Sessão da Tarde nos anos 80.
Acho um absurdo não existir o gênero ‘filmes com Andrew McCarthy’, pois tudo o que precisamos às vezes, é ficar contemplando um garoto bonito vestindo roupas que o defunto era maior, tipo blazer com ombreiras estilo didi mocó e calça social com pregas desfilando pra lá e pra cá com a mão no bolso.
Por isso preparei uma lista singela só pra começar a brincadeira. Vem comigo.
O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas (St. Elmo’s Fire, 1985)
Um exemplar de white people problem com o elenco patota dos anos 80. Todos os filmes lançados incluía um deles. Além de Andrew, tinha Demi Moore, Rob Lowe, Emilio Estevez, Judd Nelson, Ally Shady. O escritor David Blum chegou a escrever uma matéria, capa na New York Magazine em 1985, os chamando de Brat Pack1.
Ah e não poderia deixar de comentar um detalhe nesse filme: um apartamento todo rosa com o Billy Idol pintado na parede com detalhes em neon? Brega e lindo assim como tudo dos anos 80.
A Garota de Rosa Shocking (Pretty in Pink, 1986)
Que surto esse filme. Carisma? Sim. Cafonice? Também, ou seja, só lindezas. Destaque para Jon Cryer e seu personagem, o mais estiloso ever. No elenco também há outra figurinha carimbada desse período: James Spader quando tinha cabelo. Ele sempre interpretava o vilãozinho. Belíssimo.
Manequim (Mannequin, 1987)
Andrew se superou aqui. Ele se apaixona por um manequim de loja que ganha vida. Nada mais que Samantha Jones antes de conhecer suas três amigas em New York.
O roteirista foi um pouco longe demais, confesso, mas o filme é divertido. Ah e sabe quem também tá no filme? James Spader. Por favor, assista, vai fazer seu dia melhor. Tem completo no YouTube.
Abaixo de Zero (Less Than Zero, 1987)
O “mais sério” da lista. A história saiu da cabeça do mesmo escritor de Psicopata Americano. Basicamente filhinhos de papai torrando o dinheiro com drogas e indo em festas. É bem dirigido, diria até um tiquinho pretensioso.
Esse não passava na Sessão da Tarde por ser bem pesado. Drogas, sexo, etc. Um drama que se revelaria uma profecia na vida de Robert Downey Jr. Adivinha quem também faz o filme como o vilão? Ele mesmo, James Spader. E ah, li que Brad Pitt fez uma ponta (revi esses dias e não reparei).
A única coisa chata é a dificuldade em conseguir achar a filmografia do André nos 150 stremings que temos hoje. Até na locadora do povo é tarefa hercúlea achar seed viável. Ele fez muita coisa, e uma boa parte não existe em lugar nenhum. Minha lista tem no Stremio e olhe lá.
Bom, é isso, me conta se você também aprecia alguma obra do André. Ah e aproveite o feriado! Bora alienar gente. Tô lá no bluesky. Qualquer coisa grita.
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é bom ter um pouco de leveza na vida, um momento para desopilar…